Quem
disse que uma comida fica deliciosa apenas com tempero está errado. Mas é
verdade que os temperos mudam não apenas o sabor mas também o aroma de um
prato. Desde que nascemos provamos dos mais diversos sabores. De mucilon a
estrogonofe. De frango desfiado a picanha grelhada... Mas, o que será que muda
de uma comida pra outra? O que nos marca quando experimentamos gostos novos?
Qual o segredo por traz daquela iguaria que sempre queremos degustá-la
novamente?
Tenho
certeza que o amigo leitor tem todas as respostas das perguntas acima, mas
permita-me dividir minha opinião contigo. Comidas diferentes, temperos
distintos. Cada paladar tem suas preferências que ao longo da vida se definem
continuamente. Porém, preparar um almoço ou um jantar requer mais do que
simplesmente combinar temperos e leva-los ao fogo, pois se não fosse assim,
alguns sabores se tornariam difícil de deglutir. Por exemplo, a alimentação que
uma mãe prepara pra seu filho durante boa parte da vida dele. Praticamente o
tempero é o mesmo todos os dias. Contudo, o sentimento que ela dispensa cada
vez que prepara a refeição nunca é o mesmo. Diariamente seu tempero muda,
apesar dos ingredientes serem os mesmo.
Mais
ainda, qualquer alimento que uma mãe toca é preenchido de uma sabor indizível.
Me lembro, com água na boca, dos capitães que minha mãe fazia alguns segundos
antes de servir o baião de dois; do peixe cozido apenas na água dele como ela
gosta de falar, do feijão verde cozido com tomate cajá colhido na lavoura; do
frango caipira feito com leite do coco babaçu.
O
segredo de uma mãe impresso em suas mãos ao preparar uma ceia só é percebido
pelos que, acima de tudo, amam sua família. Pelos que tem a sensibilidade de
dizer: Mãe eu te amo. Pois, somente assim teremos a vontade de sempre repetirmos
antes da sobremesa.
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