domingo, 22 de dezembro de 2013

A Caminhada


   

Caminhar não é tão fácil quanto parece. Ainda mais quando, como dizia Carlos, tem uma pedra no meio do caminho. Joaquim também parece compartilhar de minha assertiva depois que declara, em Memórias póstumas de Brás Cubas, ter levado uma vida de negativas.  Dar passadas seguidas dia após dia é, talvez, a tarefa mais árdua que alguém pode realizar durante seus dias de metabolismo.

Inúmeros são os motivos para pararmos e darmos uma cochilada na sombra de uma árvore. Não é só o corpo que pede por essa aconchegante sombra, tudo em nós parece querer isso. Apenas uma pequena parcela do ser defende a caminhada. Pode ser o medo o responsável pelo receio ou quem sabe o nosso semelhante. É duro aceitar que infinitesimais são os que decidem dar seus próprios passos. Daí surge uma pergunta suposta fácil de ser respondida: o que esses seres infimos têm de surpreendente que os fazem prossegui? Bom... Não cabe a eu responder isso, uma vez que já estou caminhando.

Como nos diz Einstein, uma das maiores mentes que habitaram a Terra até hoje, somos como as bicicletas, pois para mantermos o equilíbrio temos que continuar nos movendo. Ele parece afirmar que caminhar é intrínseco ao ser humano. Charles Darwin com suas descobertas a cerca da natureza parece partilhar dessa ideia. Aqui outra pergunta se faz necessária: porque queremos parar, se seguir faz parte da nossa essência?

Dito isso não faço a mínima ideia até onde caminharemos. Todavia de uma coisa eu sei: antes de cada passo uma decisão e após cada decisão... consequências.

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