Caminhar
não é tão fácil quanto parece. Ainda mais quando, como dizia Carlos, tem uma
pedra no meio do caminho. Joaquim também parece compartilhar de minha assertiva
depois que declara, em Memórias póstumas de Brás Cubas, ter levado uma vida de
negativas. Dar passadas seguidas dia
após dia é, talvez, a tarefa mais árdua que alguém pode realizar durante seus
dias de metabolismo.
Inúmeros
são os motivos para pararmos e darmos uma cochilada na sombra de uma árvore.
Não é só o corpo que pede por essa aconchegante sombra, tudo em nós parece
querer isso. Apenas uma pequena parcela do ser defende a caminhada. Pode ser o
medo o responsável pelo receio ou quem sabe o nosso semelhante. É duro aceitar
que infinitesimais são os que decidem dar seus próprios passos. Daí surge uma
pergunta suposta fácil de ser respondida: o que esses seres infimos têm de
surpreendente que os fazem prossegui? Bom... Não cabe a eu responder isso, uma
vez que já estou caminhando.
Como
nos diz Einstein, uma das maiores mentes que habitaram a Terra até hoje, somos
como as bicicletas, pois para mantermos o equilíbrio temos que continuar nos
movendo. Ele parece afirmar que caminhar é intrínseco ao ser humano. Charles Darwin
com suas descobertas a cerca da natureza parece partilhar dessa ideia. Aqui
outra pergunta se faz necessária: porque queremos parar, se seguir faz parte da
nossa essência?
Dito
isso não faço a mínima ideia até onde caminharemos. Todavia de uma coisa eu sei:
antes de cada passo uma decisão e após cada decisão... consequências.
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