segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Amor meu


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O amor é assim mesmo
Sem sentido
Sem lógica
Sem medo
Sem mágoa
É assim também que floresce.





O meu também é assim.
E o meu precisou ser polido
Amado  
Perdoado
Entendido

O meu careceu do seu
Porque o seu...

É o meu.

sábado, 17 de outubro de 2015

Eternidade

Às vezes me pergunto o que é poesia.
Às vezes me pergunto se ao menos sei o que é poesia.
As respostas não simpatizam comigo.
Talvez eu não saiba mesmo o que é poesia.
Alguém saberia?
Mas na minha infindável estupidez
Sei onde a poesia me levará
Sei que o fim último da poesia é para além da vida.
Pelo menos da vida como a conhecemos.

D. Mendes

sábado, 15 de agosto de 2015

Ponto Crítico


As palavras não conseguem mais ficar.

Elas querem, forçam sua saída.
Mas, são tantas e tantos estímulos
Que não sei como dizer o que elas querem.
Olho para a folha de papel, para o lápis...
Para a janela do meu quarto.

Não aguento mais... Vou explodir...

Mas, será uma explosão de letras
Ordenadas fonemas e sons
Sons que transmitem...Ondas
Ondas de informações. Não! De sensações.

Indizíveis... Mas com todos os segredos da alma
Alma do mundo... Carregada com todas as memórias
Memórias... Ai que incríveis memórias.
Memórias doutros tempos... Não tão distantes.
A distância de uma vida.
A distância do agora
Que parece ser infinito, pois não consigo alcançá-lo.

Me levem com sua força, com seu calor...
Me levem para os inimagináveis mundos de palavras...
Me levem!
Pois não restará pedra sobre pedra.

Apenas palavras.


D. Mendes

sábado, 27 de junho de 2015

Fuga



Perco-me em dúvidas
E sem pensar fujo
Fujo do mundo
Fujo de mim
Fujo dos segundos
Fujo

A vida é temerosa
A minha fuga continua

Aonde vou não posso me esconder
Fujo
Aonde estou não devia estar
Fujo
Não consigo mais parar
Fujo
Incessantemente.
Me segue!
  D. Mendes


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Além de mim

Basta te ver pra tudo começar
O seu olhar penetrante e sedento
Corta-me em fatias e deixa-me impotente.
Invade minha alma e tudo que sei
É que não sou dono de mim
Tudo está em você e pra você
Minhas mãos fogem do meu controle
E ao teu rosto de repente as encontro

Com seus olhos me hipnotizando
Sinto meu corpo responder ao seu calor
Que agora se uni ao meu.
Nessa dança inebriante me perco
No seu corpo que me inunda
Como a maré cheia.


Procuro ar e encontro seus lábios
Famintos por mim.
Lábios que me dominam, mordem
E fazem de mim seu servo
Pra servi grandes e pequenos.

E como uma felina implacável
Deixa sua marca na vítima que devora.
E quer mais, mais... mais.
E não para até nada restar. 

D. Mendes

sábado, 23 de maio de 2015

A pergunta

Certa vez a Paixão me perguntou:
Qual a diferença entre o poema e a poesia?

Eu de pronto respondi:
Poema é o todo delineado
Por partes;
Poesia é o que te preenche,
Quando os contempla.


Diego Mendes